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IoT: O que é a Internet das Coisas?

Atualizado a

Objetos a comunicarem entre si, para melhorar as condições de vida de pessoas. Não é futurologia e está mesmo no quotidiano. Saiba mais sobre a Internet das Coisas.

Internet das coisas - Imagem Blog

A Internet das Coisas, que tem como acrónimo inglês IoT (Internet of Things), é um conceito que representa objetos que contenham sensores telemáticos programados para reportar determinados parâmetros que originam determinadas ações. Esta troca de informação é operada pela internet, sem intervenção humana, o que significa que estes dispositivos se podem gerir a eles próprios.  A evolução deste conceito tem sido feita pela convergência de várias participações de vários setores da indústria tecnológica, como hardware, software, machine learning, etc.. Atualmente associa-se também à internet das coisas o conceito da 4.ª revolução industrial, pelas alterações que esta tecnologia se prevê venha a introduzir na maneira como trabalhamos.

Comumente atribui-se o início da IoT a uma máquina de vending de Coca Cola, nas instalações da Universidade de Carnegie Mellon que reportava, via internet o stock de bebidas e se bebidas recentemente carregadas já se encontravam frescas ou não. Com este início bastante promissor vislumbrava-se uma parafernália de usos em que esta tecnologia poderia ser aplicada. 

No que diz respeito ao consumidor final, os equipamentos que se encontram ligados aportam grandes benefícios em comodidades e em poupança de tempo. Botões na nossa despensa que fazem compras automáticas, supermercados sem qualquer tipo de controlo no que diz respeito ao pagamento, portagens e barreiras automáticas, frigoríficos que reconhecem os alimentos em falta e organizam listas de compras para os respetivos proprietários ou em plantas que se regam a elas próprias quando a falta de água no solo atinge determinados valores ou ainda em carros que se autoconduzem ou ainda à aplicação de sensores a equipamentos usáveis (wearables) que medem parâmetros de atividade física e dão sugestões de atividades, estas são apenas alguns dos exemplos que já podemos encontrar de forma quotidiana.

A troca de informação entre redes possibilita ainda a definição automática de padrões que vem introduzir uma variável de estabilidade na procura de bens e fornecimento de produtos e serviços pela produção de informação constante e fiável que vai auxiliar os processos de decisão individuais e de gestão empresariais. Exemplo disto mesmo são os prémios de seguro de saúde mais favoráveis para pessoas que evidenciem elevados padrões de actividade e exercícios, demonstráveis através de tecnologia associada e pelos quais se prevejam menores despesas relacionadas com saúde.

Do lado da indústria, são notórias as vantagens que a IoT pode proporcionar. Ter disponível um fluxo constante de informação analisada em tempo real, permite às empresas novas políticas e novas ações de apoio ao cliente antes, durante e após a venda, refletindo os resultados encontrados diretamente nas cadeias de produção - introduzindo, por exemplo, novos critérios de controlo de qualidade - impedindo a criação de problemas ou mesmo que problemas geríveis ganhem escala e se transformem em problemas mais sérios e com capacidade de causar disrupção nas atividades normais da empresa. A IoT adquire um significado mais premente para empresários e gestores quando evita períodos de inatividade ou quebras no ritmo normal das operações. É neste cenário que sensores colocados em veículos detetam problemas e agendam manutenções de forma automática e encomendam todas as peças necessárias para que a paragem ocorra durante o menor espaço de tempo possível, ou que a colocação de sensores em edifícios ajudam a manter o conforto térmico agendando manutenções sempre que alguma unidade tenha dificuldades.

A internet das coisas nem, no entanto, algumas questões se segurança que necessitam de ser revistas e melhoradas. Trata-se de questões que se encontram logo na produção dos equipamentos conectados. Como estes equipamentos estão sempre ligados, a questão da segurança adquire preponderância acrescida já que, sendo permeáveis a acessos não previstos e maliciosos pode ser impedidos de fazer as suas finalidades ou mesmo para finalidades não previstas, como ataques de DNS (Denial Of Service) em que milhões de equipamentos podem ser usados para esgotar as respostas de serviços digitais.

No futuro que há-de vir para a IoT, com milhões de equipamentos conectados, o sucesso está ligado à confiança. Caso os sistemas sejam confiáveis, os benefícios são evidentes, caso não sejam, os perigos também: carros roubados com os donos no interior, hotéis cujos quartos foram inativados pela inoperância de fechaduras, são alguns exemplos do que pode correr mal. Para evitar este cenário as empresas terão que escolher equipamentos que dêem a conhecer as suas especificações de segurança e em que também possam aplicar medidas de segurança próprias, como códigos de acesso passíveis de serem renovados por procedimentos internos da empresa. São estas medidas de segurança que vão permitir às empresas e às pessoas adquirir confiança para a utilização quotidiana da tecnologia que funciona por ela própria.

O aumento exponencial do número de aparelhos conectados apenas é possível pela difusão do IPV6 que atribui um número muito elevado de identificadores, e aguarda ainda a generalização da rede de 5G que vai permitir a conetividade de aparelhos com grandes diferenças, em grande número e com baixo consumo dos recursos da rede. Por outro lado, a utilização do RFID a tecnologia de identificação de objetos por ondas de rádio vai também tornar produtos identificáveis a outros pela possibilidade de divulgação do seu estado e localização.

O IoT vai criar novas dinâmicas de mercado assentes em novos modelos de transações digitais mais baseado em ações proativas do que reativas, já que está dispensada a atenção humana e o desencadear de ações por humanos. As empresas que estiverem mais despertas para estas alterações através de departamentos tecnológicos corretamente estruturados vão ter um conjunto de vantagens concorrenciais e de participação de uma forma mais eficiente na maneira de fazer negócios que irá marcar o século XXI.

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